ORDEM DA IRMANDADE DE 31 DE MARÇO DE 1964
A HISTÓRIA QUE NÃO SE APAGA NEM SE REESCREVE
O Movimento Cívico-Militar de 31 de Março de 1964 é um marco no processo evolutivo nacional. Nada aconteceu por acaso! A História reflete a reação da sociedade brasileira à tensão vivida. O tempo decorrido permite apreciar aquele Movimento de maneira serena, recordando as circunstâncias que levaram à sua eclosão e identificando seus reflexos para a atual conjuntura. Importa ver essa data com olhos desarmados. Nada de intelectualismo presunçoso e vazio. A mente livre de visões estereotipadas. Ausência de interesses particulares prejudicados e de insatisfeitas ambições políticas. Nem opiniões apressadas, nem conceitos falsos.A crise econômica no início dos anos 60 e os antagonismos da Guerra Fria inquietavam e frustravam todos os estratos sociais. O ativismo político-partidário e o desvirtuamento do direito de associação corroíam a disciplina e comprometiam a hierarquia nas Forças Armadas. O País vivia ameaçado de submissão a uma ordem contrária aos valores básicos de nossa nacionalidade. Diante daquele quadro, a população, em gigantescas passeatas, conclamava os militares a colocarem fim ao desvio do caminho para o qual a Nação estava sendo arrastada.
Indissoluvelmente comprometido com o destino da sociedade que lhe deu origem, o Exército Brasileiro ajudou, de modo decisivo, a desencadear a Revolução Democrática de 31 de Março de 1964. O desfecho rápido e incruento atesta o elevado apoio popular do Movimento Cívico-Militar que a conduziu. Vitorioso o Movimento, resgatou o respeito à autoridade, restituiu o espírito cívico e o amor próprio de um povo ameaçado em sua autodeterminação e livre opção pela democracia. Criou condições para a construção de um novo Brasil em ambiente de paz e segurança. Fortaleceu a economia. Promoveu extraordinária expansão e integração da estrutura produtiva e fomentou mecanismos de proteção e qualificação social. Tudo isto demandou tempo e fôlego para ser realizado. Concluída a missão cívica, é falsa a idéia que o Exército retornava aos quartéis, posto que jamais os deixara.
Nesse contexto evolutivo, a Força Terrestre tem sobressaído pelo devotamento aos mais legítimos interesses nacionais, mantendo sua estatura moral perante a Nação a que serve, como comprovam os elevados índices de confiança de que desfruta perante a sociedade.
Hoje, a perspectiva de mais de quatro décadas permite analisar o Movimento Cívico-Militar de 31 de Março de 1964 com olhos, mente e coração libertos das questões que dividiram o País no passado. Desta análise, verifica-se que ele surgiu e se afirmou na defesa do regime democrático, em comunhão com os anseios da gente brasileira, conforme registram as evidências históricas, as quais, nunca é demais repetir, não se apagam nem se reescrevem.
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